O Toque de Deus

Muitas vezes agradecemos ao Pai pelo brilho do sol
E pelas gloriosas montanhas que vemos.
Quão reconhecido é o nosso louvor pela protecção;
Pelas fragrantes rosas tocadas pelo orvalho;
Pelas borboletas e pelas cores do crepúsculo;
Pela alegria que as vozes infantis nos trazem;
Pela brisa fresca de uma noite estrelada
E por sonhos realizados que nos fazem cantar.

Mas será que reconhecemos a Sua soberana bondade
Na dor que não parece ter alívio?
Nas tormentas que varrem brilhantes ambições,
Ou na desgraça que nos devasta a alma?
Podemos reconhece-lo na nuvem que nos oprime
E nos espinhos que nos ferem os dedos?
Na frustração das nossas expectativas
Ou na amarga perda daquilo que estimamos?

Ah, se pudéssemos ver os desígnios do Pai
Produzidos para nós, e personalizados;
Se confiantes aceitássemos a sabedoria que nos molda
Para completar a divina excelência;
Quão fácil nos seria aprender as lições do céu
E dominar tudo o que ele quer que aprendamos
Reconhecer nos espinhos a rosa, e nas provas a alegria,
E discernir entre as lágrimas o Seu plano de amor.

As aflições trazem-nos o arco-íris de Deus
Sua promessa de sol misturado com chuva.
O carácter fortalece-se no meio das dificuldades
E o sacrifício extrai da dor a virtude.
Descansa, portanto, coração, e deixa que o seu toque
Transforme vidas ásperas em jóias raras .
O Pai ampara-nos! Não haja lugar para dúvidas!
Somos objecto precioso do seu cuidado.